domingo, 3 de novembro de 2024

Olhar para frente olhando para trás!

 O egoísmo e o facciosismo, sempre marcaram o imaginário popular do Brasil, para além disso percebemos que essa postura predatória em um primeiro momento poderia trazer grandes louros para aqueles, que sob essa premissa agem mas , no entanto, o que foi possível perceber ao longo da história do Brasil é que esse tipo de postura só legou atraso e derrota para todos nós enquanto sociedade.



Isso foi intensificado, a partir de meados de 2013 onde o egoísmo foi minorado, mediante um sentimento de mudanças reais que pudessem vir a acontecer e desse modo um novo conceito de país poderia surgir a partir daquele promissora movimentação, entretanto, o que houve foi que o facciosismo tornou-se mais intenso do que nunca, dessa forma as pessoas deram mais atenção as diferenças que tinham entre si do que as características em comum. Por mais que haja, um regionalismo presente no país e pessoas com inclinações principiológicas e ideológicas distintas, o fato de sermos todos brasileiros, deveria instigar  há um senso de comunidade e de dever conjunto civilizatório, porém, isso não ocorreu. 

As visões distintas, de como seria o caminho mais adequado para melhorar o Brasil se mostraram mais relevantes do que o objetivo em si que era as melhoria do mesmo, por meio de idolatria a lideranças políticas o aspecto nobre que deveria incorporar atuação no debate político, foi jogado por ralo abaixo e o que se teve foram torcidas rígidas e sem nenhum senso de missão profunda , que transcendesse as suas preferências particulares mas que garantisse o bem maior do contingente superior da população. Pelo contrário, o que se observou, foi exatamente o tratar do outro como inimigo político portanto indigno de qualquer senso de empatia ou irmandade.

Destarte, qualquer proposição que se pudesse construir via-se em um cabo de guerra intenso, onde nenhum dos lados abriria mão de dois ou três dogmas políticos subjetivos, tendo em vista o componente mais denso da seara política e de elaboração de políticas públicas, a promoção do bem comum.

Por óbvio, não me coloco aqui como um ingênuo na vida, é inequívoca constatação da necessidade das diferenças além da consideração do histórico de corrupção e baixo nível moral das lideranças do Brasil, principalmente se considerarmos os principais escândalos da nossa incipiente república. cabe considerar, no entanto, a necessidade de se perseguir ideais, aqui não sob o viés Marxista ou teleológico de uma óptica materialista, mas coisas palpáveis que já foram aplicadas e bem sucedidas ao longo da história. 

O reconhecimento de que compartilhamos de uma mesma nação, de que somos, portanto, de algum modo irmanados e sermos exigentes conosco mesmo e com as lideranças. Não se mostra como um sonho utopista inalcançável, mas pelo contrário algo precisamente palpável e serve como distintivo daquelas nações que funcionaram.

Encerro aqui, sem trazer resposta nenhuma apenas uma provocação pertinente: Seremos uma nação funcional? 

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Um celerado em ideias, em ode e euforia a celerados reais!

 



A queda de Lula impossibilitou a participação do mesmo na cúpula dos BRICS, mas isso não o impediu de promover impropérios sem sentido na distinta reunião. Enquanto Lula tenta inserir o brasil em discussões que o mesmo não possui a menor condição de participar, o mesmo segue relapso a problemas notadamente reais em nosso território, como as queimadas recorde na Amazônia e a ineficiência contumaz em lidar com a questão da Dengue.

Lula então não pode participar da reunião dos BRICS, entretanto, o que ocorre é que envia seu representante seu agente fiel na defesa do que há de pior em Geopolítica e Relações Internacioanis, Mauro Vieira, adota uma postura vexatória na reunião onde consegue de forma absolutamente cínica e desavergonhada estar do lado errado em todos os principais conflitos em curso no momento presente.

Talvez eu deva nesse instante, fazer um parêntese aqui na medida em que apesar de constatar de maneira objetiva os equívocos cometidos pelo nosso presidente, na tomada de decisões no que tange a seara internacional, não há da minha parte nenhum louvor a conflitos armados em curso nesse mundo, pelo contrário sou levado a afirmar e reconhecer que a existência de conflitos, diz sobre a natureza carcomida e deletéria da humanidade. Essa representada de forma magistral, pelos líderes das mais distintas nações.

Voltando então a crítica que eu fazia, vale considerar agora sem receio que a defesa da Rússia e a negação em condenar categoricamente a atuação do Hamas é sim optar pelo pior, nesse mundo sofrido e sofrível que todos compartilhamos aquilo que devemos fazer muitas vezes é decidir pela opção menos catastrófica e no cenário atual, a defesa de nações com valores democráticos e de liberdade individual parece ser o mais óbvio a se fazer.

Novamente faço um disclaimer aqui, certamente Ucrânia e Israel cometeram excessos ou erros nos conflitos que estão inseridos, mas em ambos os casos respondem a uma provocação de um oponente absolutamente inescrupuloso de modo que uma reposta dura, parece ser a única alternativa coerente dado o estado carnavalesco das coisas. No momento presente, há sim em disputa duas visões de mundo, o que nos faz retomar o princípio desse texto que é a participação do Brasil nos BRICS.

Esse grupo, possui países com algo em comum democracias problemáticas ou inexistentes, conforme os rankings internacionais de avaliação, para além disso a adesão de novos membros ao grupo corrobora essa ideia já que mantém esse mesmo perfil. Essa é a única convergência real entre os referidos países, a consideração disso é notável e o objetivo é promover uma forma de resistência ao Ocidente.

Nesse exato momento, o Brasil tem optado por isso, obviamente isso deve acender alertas gritantes a todos que prezam pela ordem democrática, ver a aproximação do nosso país que formalmente é uma democracia, se aproximar de regimes repressivos de maneira tão apaixonada e, portanto, desavergonhada, deve nos fazer ter ojeriza por aqueles que tentam firmar tal acordo. 

Isso é de suma importância, visto que muitos de forma cínica ou por genuína convicção optaram por escolher o governo atual, sob o lema da normalidade institucional e da defesa da ordem democrática, se essas mesmas figuras não se veem confortáveis e na necessidade de pontuar isso algo de esquizofrênico faz parte de suas escolhas.

O histórico de diplomacia sólida do Brasil, tem sido conspurcado desde o último governo onde Jair Bolsonaro envergonhava o Brasil com tentativas de tensionamento ridículas, bem como com gafes grosseiras. Agora, o nosso presidente atual opta por uma aposta ainda mais séria, sendo observado pelo alinhamento intensificado feito pelo nosso governo a um eixo autocrático que se firma.

Encerro aqui com uma frase batida mas que certamente vale ser relembrada, devendo ser nosso mote em defender princípios e valores não pessoas transitórias e limitadas que é: "A democracia é a pior forma de governo exceto por todas as outras formas que já foram tentadas na história" tenhamos esse lembrete de Winston Churchill, estadista reconhecido do século XX, em mente e a defendamos de toda sorte de populistas, sejam eles quais forem!


quarta-feira, 21 de agosto de 2024

São Paulo, assim como a República de 1988 fracassaram! Nem tudo está perdido, há uma resolução possível.

 




A nova República Constitucionalista de 1988, se iniciou sob uma forte euforia decorrente do encerramento de um período ditatorial de mais de 20 anos. Nessa ocasião, muitos partidos políticos foram, senão todos, quase todos disputaram as eleições presidenciais com alguns candidatos bons, e outros nem tanto. Mas, o fato que se estabelece como nítido e óbvio, como a chuva cair ou o sol brilhar, é que esse construto, de início recheado de expectativa, se tornou apenas uma decepção onde farsa, teatro e corrupção em todos os sentidos proliferaram no Brasil. A nova República falhou. Se há alguma dúvida, por parte de você que eventualmente lerá esse texto despretensioso, lhe confirmo esse diagnóstico a partir do momento atual que encampa o imaginário popular e midiático que são as eleições municipais. Destaque aqui, para o pleito de São Paulo, a cidade mais importante do país, dadas suas potencialidades econômicas inegáveis.

Reverberou, recentemente, no noticiário, a figura do coach que se propõe a governar a cidade dianteira da nação. A partir dessa novidade, somos então surpreendidos com a baixa qualificação do postulante, onde fica destacado seu intuito nunca alterado, que é o de ganhar muito dinheiro. Não cabe, da minha parte aqui, discriminar a ficha corrida da pessoa em questão, nem me inclinar a um caminho de leviandades; mas é inequívoco reafirmar o mesmo como sendo uma figura controversa. A fuga, por parte das pessoas, daquilo que deveria ser o essencial, na busca por uma representação política, leia-se qualificação técnica, reputação ilibada, preparo e responsabilidade, foi jogado no ralo nesse pleito sem nenhum pudor. O grande pulo do gato nesse ponto é que esses elementos por mim destacados foram de maneira farsesca construídos pela classe política nos últimos anos dessa República natimorta, isso se comprova cristalinamente a partir da postura cética das pessoas comuns em relação à política. A partir disso, então, o senhor a quem faço referência por aqui apenas abriu mão daquilo por mim aqui destacado, de forma aberta, sem teatralidade sofisticada, mas com uma teatralidade subliminar.

Se não ficou claro, minha oposição a essa figura se dá justamente por haver apenas fingimento ao se portar como uma figura outsider, o que de fato acontece como foi feito nos anos da presidência anterior a essa, foram discursos acalorados, mas totalmente vazios por parte do então presidente, onde o mesmo propalava absurdidades com o intento de manter incautos desesperados sem senso de propósito, reféns dele próprio. Mas, por trás das cortinas do fanatismo político, promoveu única e exclusivamente a política de sempre. Esse novo senhor fará a política de sempre com uma renovação estética, como foi o caso do ex-presidente da República. Dessa forma. Há a manutenção do trabalho pela disputa acirrada para manter as coisas exatamente como sempre foram, desde, sendo muito generoso, o estabelecimento da Nova República. 

Assim sendo, não há motivações para fugir daquilo que grita sem pudor nenhum, se a farsa de portar seriedade como atestado de agente do status quo farsesco e destrutivo da nação vigora bem como a farsa de parecer anti establishment, mas sorrateiramente fazer a política rasteira padrão não indignam as pessoas, o que pode ser feito? Sim, minha afirmação pode parecer equivocada, mas o fato inescapável é que as pessoas são complacentes e torcem para os políticos que se enquadram no primeiro grupo ou naqueles que se encaixam no segundo. Poucos são aqueles políticos, que bravamente se empenham em oporem-se a essas coisas e o trabalho deles é forçosamente inglório, visto que, se faz necessário uma construção argumentativa densa e complexa parta explicar as nuances discursivas desse maus políticos, fundamentalmente, as pessoas são incapazes moralmente para além de serem limitadas cognitivamente. Já que inteligência não possui relação com ação moral e ética, existem bons e maus em qualquer nível de capacidade reflexiva ou não.

A resposta para uma "resolução" da situação do Brasil, sim, a coloco entre aspas, já que nesse mundo que há de ruir não existem ou existirão coisas perfeitas, então todas as tratativas serão paliativos, onde nunca todos serão contemplados. Assim é dito sabiamente pelas escrituras sagradas, tanto na parábola do joio e do trigo, quanto na parábola das dez virgens ou outros momentos, bons e maus estarão simultaneamente existindo até os suspiros finais desse mundo como o conhecemos.

Feita essa constatação, propositadamente fundamentada em elementos escriturísticos, quero dizer finalmente que uma mudança significativa no país, que não será derradeira, perpassa por uma renovação espiritual. Não há possibilidade de avanços socioculturais e políticos sem uma mudança de ordem transcendental onde o ídolo do momento presente, do ganho imediato, da possibilidade de tirar vantagem de algo, da vaidade em querer estar sempre certo, mesmo que os fatos digam contrariamente. For substituído pela adoração ao que é real, não é visível nem palpável ou aferível por experimentação científica, mas que trouxe significativos resultados na história da humanidade.Deus.

O único, capaz de promover significativas e duráveis mudanças no plano vigente, cheio de desesperança e niilismo, é Deus. O mesmo foi levado em conta, em momentos desesperadores e, como resultado, impactos sociais gigantescos foram percebidos; não há da minha parte nesse ponto uma mistificação tola daquilo que compõe a vida em sociedade, as pessoas seguem sendo responsáveis por tudo aquilo que intentarem realizar. Todavia, é imprescindível a compreensão do uso feito por Deus de pessoas comuns para realizar aquilo que  intenta fazer.  

Foge à minha compreensão, se é da vontade de Deus uma mudança no cenário nacional para melhor, não possuo as mínimas condições de afirmar isso. Entretanto, há um princípio indiscutível reafirmado pelas sagradas escrituras e na história do Cristianismo de que, quando as pessoas prostram-se diante da soberania e poderes indizíveis de Deus, o mesmo realiza mudanças em cenários avassaladores.

Sim, esse pode ser considerado um convite à fé, mas não só isso, uma reflexão lhe proponho a fazer onde você pode considerar, sem a menor tensão, se você faz parte de um dos dois grupos que citei, onde acha razoável se enganar na "seriedade" ou na "ousadia" ou se você é de fato sério? E, se o for, indiscutivelmente será ousado. Peço a você que verifique a política de uma maneira diferente, se você é sério, considere fazer parte dela e operar pela promoção de justiça, esperança, paz e pela fé racional que aquela não atrelada ao corruptível.

Tenhamos tudo isso em mente, daí em diante talvez possamos alterar o cenário de coisas persistentes no país. 

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Batendo cabeças em "benefício da justiça"! A sina...


A Procuradoria Geral da República, solicitou ao Supremo Tribunal Federal, que a defesa do presidente Jair Bolsonaro não tenha acesso  a delação premiada de mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente.

Há uma argumentação em defesa do ex-presidente, balizada no fato dessa delação fazer referência a Jair Bolsonaro e a partir da mesma possíveis acordos judiciais podem ser firmados entre o ex-presidente com a Procuradoria. Essa, por sua vez, opõe-se a essa possibilidade pontuando a viabilidade, do argumento de sigilo se fazer pertinente. Cabe se considerar, no entanto, que ambas as teses parecem ter furos.

A tese da defesa de Bolsonaro mostra-se impertinente, no ponto sensível, de existindo a possibilidade de Bolsonaro acessar a delação de Mauro Cid, o mesmo pode facilmente encampar uma defesa que o favoreça mediante essa informação privilegiada, apagando possíveis provas na delação citada ou alguma forma de obstrução a partir do conhecimento obtido.

Em relação a segunda tese, a consideração necessária referente ao acesso a delação premiada, permitiria a efetivação de um acordo. Além disso, argumenta-se que o sigilo da delação refere-se a imprensa e a sociedade civil durante o decurso investigativo, não a uma parte interessada no caso.

Fato indiscutível no Brasil, nos últimos anos, é o imperativo tanto da parte do então presidente, quanto da Suprema Corte foram, na melhor das hipóteses, excessos concernentes a realização daquilo entendido como constitucional. O atropelo foi real. Isso é facilmente confirmado por juristas e analistas responsáveis no país. Parece impossível, mas eles ainda existem de modo que se faz necessário uma ponderação assertiva quanto a essas questões.

Com base naquilo precisamente constatado pela imprensa acerca do caso, certamente há culpa no ex-presidente, mas é salutar considerar também a necessidade da realização da justiça dentro dos limites constitucionais. Tendo em vista, a mazela do despudor desmedido na realização de práticas dentro da estrutura jurídica, ao arrepio da lei, trouxe malefícios notórios para o país. Já que isso, foi utilizado de argumento por parte daqueles condenados e presos por corrupção, mas no presente momento se veem livres tendo utilizando tal argumentação, como subterfúgio.

O desespero circunstancial, não pode minar a nossa capacidade de vislumbrar uma realização idônea, daquilo essencialmente correto, mas que pela sangria desatada torna-se corrompido e desperdiçado. O triunfo dos maus, acontece quando os bons inclinam-se ao utilitarismo vazio inviabilizando a realização do bem.  

sábado, 15 de junho de 2024

Resolvi ler a Bíblia em menos de 30 dias!


Pois é, a partir de hoje meu intuito é fazer essa vultuosa leitura a fim de fazer aquilo que é esperado daqueles que professam a fé Protestante, sendo isso basicamente conhecer as Sagradas Escrituras. Talvez, para você que lê isso soe estranho visto que é uma quantidade grandiosa de informações onde eu certamente não conseguirei assimila-las; mas o intuito aqui não será conhecer minuciosamente o texto mas ter uma visão panorâmica.

 Faço isso, pelo senso de urgência imposto sobre mim na medida que desde 2017 estou inserido no contexto evangélico pela graça de Deus, mas até aqui não executei esse feito de ler a bíblia de capa a capa, o que, diga-se de passagem, é algo que deve ser feito com regularidade. A ideia aqui obviamente não é me vangloriar ou parecer alguém elevado espiritualmente, pelo contrário, o faço aqui por reconhecer meu baixo nível espiritual e a necessidade que tenho de alterar o estado de coisas em minha existência como um todo.

Tratar das coisas de Deus, no meu caso como Cristão que sou perpassa por viver e pregar o evangelho, sendo sal que salga e luz que ilumina e isso não se dará com efetividade se eu não estiver devidamente capacitado para a realização dessa hercúlea tarefa, visto que um pregador experimentado e muito sábio disse uma vez a respeito da prática de pregação do evangelho, ser literalmente a tentativa de ressuscitar cadáveres(aqueles que conhecem a o texto de Romanos entenderão muito bem). Esse preparo, é justamente a prática das disciplinas espirituais recomendadas a aqueles professantes da fé evangélica.

A resolução de trazer isso aqui, serve como incentivo para que eu não esmoreça em meu planejamento onde ao firmar esse compromisso de maneira pública, tenho possibilidade real de levar a cabo meu "projeto" e assim talvez, tentar instigar também aquele que lê esse texto a buscar a face do Senhor em vistas de buscar, uma existência integral, para além da vida frenética em voga na sociedade em que vivemos atualmente.

Ademais, ao final do meu projeto de leitura retomarei o assunto aqui para contar como foi minha experiência, viabilizando assim um olhar renovado acerca da questão e assim verificar os frutos obtidos dessa empreitada. Atentem-se, então, a minha produção por aqui.

Deixo aqui meu relato pessoal, espero que fique aqui até o fim da internet.

Até breve!


 

quinta-feira, 28 de março de 2024

Mudar os governantes irá mudar o país: Diz o desavisado!



Na medida em que se compreende a necessidade de mudar o estado de coisas em que o Brasil se encontra no momento, entende-se a necessidade de reafirmar frases dessa natureza. Quando se vislumbra o deletério estado de coisas em que a sociedade brasileira se conformou e a maneira como diuturnamente a mesma é feita de massa de manobra vassala, certamente se firma a compreensão acertada de que não se pode manter no poder aqueles que perpetraram esse nefasto mal. 

Somos, então, impelidos a promover mudanças radicais fundamentadas em emoções viabilizadas pela indignação oriunda desse diagnóstico lamentável. É necessário, entretanto, "colocar a bola no chão" e dar um passo para trás, visto que, quando pensamos em mudanças de natureza profunda, precisamos lembrar que vidas estão em jogo. De tal modo, ir para a batalha sem um planejamento bem elaborado só servirá para mudar a natureza dos problemas, mas eles manter-se-ão tão intensos ou até piores do que estavam no momento em que se optou por dinamitar as vigas de sustentação do tecido social.


Surge então um questionamento saudável: mudar governantes não é a prática comum dentro do regime democrático? A resposta para essa pergunta é positiva, mas isso não pode ser feito sob a epítome revolucionária, mas visando mudanças em pontos nevrálgicos e com caráter progressivo. Sendo assim, o que se deve ter é o ímpeto de mudança, mas controlado. Outro questionamento surge novamente: então devemos ser passivos frente aos problemas que vitimam a população brasileira de maneira perene? A resposta é não. As mudanças são necessárias, mas devem ser feitas mediante detida reflexão e planejamento, e sem a pretensão arrogante de reinventar a roda. Mesmo porque a roda já foi inventada e segue funcionando muito bem.


Sim, nós não estamos em um filme da Marvel em que, estalando os dedos em uma manopla, alteramos "tudo que está aí". Pelo contrário, o trabalho é intenso e indigno, e as mudanças são pontuais. 

Voltamos assim à ordenança bíblica do mestre Jesus, para os que assumiram o compromisso de segui-lo, de serem sal que salga e luz que ilumina. Em ambos os casos, tanto o retardar do apodrecimento quanto a interrupção da escuridão servem apenas para conter o que for possível, e mesmo assim é uma missão de densa dificuldade.


Sob esse entendimento, portanto, firmamos a compreensão de que não basta mudar aqueles que nos governam, tampouco pensar que essas mudanças irão alterar todo o cenário de coisas que temos em vigor no momento atual em Pindorama. Entretanto, é importante não perder de vista que a mudança verdadeira é cultural, portanto transcendental e assim metafísica. Ao fugir dessa compreensão, só enxugaremos gelo continuamente. 

Mudar é importante, mas não pode ser apenas a cor do cabo da espada; talvez seja necessário mudar a natureza da arma.

sábado, 4 de novembro de 2023

Diagnóstico: Como a polarização esgarçou o tecido social do Brasil?


 O Brasil nos últimos 9 anos fora inundado por uma onda de polarização política, num primeiro momento muitos viram isso com entusiasmo, pois finalmente o brasileiro tomou ciência de seu papel de protagonista no exercício da cidadania e por conseguinte dos rumos que o país deveria tomar ou não. Entretanto, isso se mostrou ilusório visto que a tal Polarização só engendrou nas mentes e corações dos incautos miseráveis e simplórios da nação o ímpeto por brigas e subserviência irrefletida a lideranças políticas de baixa consistência moral. 

Desde a redemocratização, o Partido dos Trabalhadores(PT) foi protagonista na cena política, pois sempre se destacou alguém contra a instituição e a mesma esteve presente em eventos importantes da história nacional sendo os que buscavam jogar contra e dizerem-se detentores da ética e da atuação exitosa em oposição a todos os outros ineptos. Sob essa resiliência exclusivista, mostraram-se extremamente determinados e estruturados de modo que depois de numerosas eleições finalmente atingiram o cargo máximo da nação e certamente não largariam até que chegassem ao tutano sem uma boa briga. A briga foi boa no primeiro vento a balança-los, utilizaram do recurso de comprar os congressistas sob o intuito de manter esses lenientes frente as suas ações pouco virtuosas, entretanto, todo império principalmente um construído em bases trepidantes tende a ruir. E ele ruiu depois de grande esforço apesar de ter saído vitorioso em uma eleição polarizada, tinha como liderança ou testa de ferro alguém de baixa complexidade interpessoal inviabilizando seu reinado que finda em Agosto de 2016.

Sob esse breve exposto, alguém diria que então sucesso foi conquistado visto que uma dinastia populista e demagógica se viu escorraçada das rédeas do poder e agora o país poderia pensar em uma alternativa. Bom, se parássemos por aqui, certamente seria de grande coesão com o que se espera de um povo e de uma nação que se pretende valorosa, porém não foi o que ocorreu.

Voltemos um pouco no tempo, onde nas eleições de 2014 o fenômeno da polarização se viu iniciado devido as correntes notícias e constatações práticas na realidade de que a dinastia do PT atuou de forma irresponsável e antirrepublicana. Houve nesse ponto, uma divisão notória no tecido social onde as pessoas passaram a torcer os narizes umas para as outras por divergência política, o que certamente é um problema que como visualizaríamos posteriormente foi catastrófico. O ovo do Dragão havia sido chocado, agora era questão de tempo para eclodir.

Com a queda da dinastia do PT, se questionava desse momento em diante quem poderia recuperar o tempo perdido pela cleptocracia e de que modo isso ocorreria objetivamente, tendo em vista a desconfiança generalizada com razão da classe política que já não era bem vista e com a devassa promovida pelo governo derribado ainda mais naquele ponto. Alguém então diria que, alguma liderança encabeçadora dos movimentos populares para a deposição do governo passado, seria óbvia. Mas infelizmente, sucedeu a constatação de que não houve alguém de destaque inquestionável vide a descentralização daquele movimento. Inequivocamente se diz sobre os visionários serem assim chamados, pois onde alguns veem impasse esses veem oportunidade.

Aquele a enxergar tal janela de oportunidade, foi o presidente da República Federativa do Brasil entre 2019-2022, esse que como discorri até aqui não participou nem desenvolveu nada durante o processo de destruição do governo da instituição PT. Esse então, captou aquela grandiosa energia e canalizou a mesma para si, conseguindo vencer de maneira improvável aquele pleito; visto que o vácuo existente e a insatisfação com os Star Red's  era grande de mais para realoca-los as baias do poder.

Há um destaque essencial aqui nesse último ponto que tratei, pois nos retoma ao inicio desse texto. Sendo isso, a presença do PT  no segundo turno dessa eleição promotora de grandes agruras de 2018 é grave mesmo com todo o histórico, auto vilipendioso mostraram-se viáveis para uma parcela considerável da população. Nesse ponto, é bom destacar que a polarização estava bem arriçada, no entanto, a sanidade mental da população estava bem preservada mas faltava pouco para que o ovo do Dragão se chocasse.

A vitória já esperada de quem quer que não fosse do time do pai dos pobres, já era esperada além do potencializador discursivo utilizado pelo vitorioso de dizer defender tudo aquilo pleiteado pela população naquele ponto. Mas tudo foi um grande teatro e aí começa a problemática "incontornável", os que apoiaram massivamente essa figura se viram imersos em universo de informações e notícias enganosas espiralado que os puxava para ao centro e âmago da loucura como um vórtice. Assim cérebros foram sendo trabalhados diuturnamente, por aqueles que ganhavam muito bem para defender esse senhor tresloucado, promovendo a radicalização e destruição de qualquer senso crítico, sendo que foi esse atributo que os fizeram a derrubar o último governo catastrófico. Nesse interim, mesmo com toda a mentira perpetrada pelo presidente da República e descumprimento de todas as promessas de campanha seus fãs agora incondicionais permaneceram sob sua vontade. O ovo do Dragão se chocou, não se sabe exatamente em que data isso aconteceu enquanto figura mitológica é difícil definir com clareza mas certamente foi nessa época.

Assim a destruição da camaradagem, diplomacia e razoabilidade presentes no imaginário dos brasileiros sobre os brasileiros se perdeu. Agora, filhos e pais, tios e sobrinhos quiçá avós e netos passaram a resistir uns aos outros, a política suplantou a cumplicidade familiar e o mal se instaurou e as chamas da discórdia promovidas pelo Dragão eram perceptíveis. O incêndio se mantém, mesmo com a grave crise sanitária mundial quase tudo se manteve desse modo. A loucura maior se dá pelo fato de que, os dois protagonistas da assustadora Polarização são parecidos e promotores dos mesmos tipos de leis e ações estatais no país, a inteligência de ambos está em fazer os tolos pensarem que aqueles possuem agendas distintas.

Agora, a violência suplantou os limites das bandidagens comuns partindo agora para as disputas que deveriam ser feitas almejando o melhor para todos. A política, segue sendo a arte do possível quer as pessoas entendam ou aceitem isso ou não, mas no imaginário dos vassalos isso é incompreensível. Fugir da polarização e das figuras que a protagonizaram pode arrefecer as chamas, mas isso deve ser feito rápido e com o maior senso de urgência possível se não a destruição será a tônica para o futuro de Pindorama.   

Olhar para frente olhando para trás!

 O egoísmo e o facciosismo, sempre marcaram o imaginário popular do Brasil, para além disso percebemos que essa postura predatória em um pri...