sábado, 4 de novembro de 2023

Diagnóstico: Como a polarização esgarçou o tecido social do Brasil?


 O Brasil nos últimos 9 anos fora inundado por uma onda de polarização política, num primeiro momento muitos viram isso com entusiasmo, pois finalmente o brasileiro tomou ciência de seu papel de protagonista no exercício da cidadania e por conseguinte dos rumos que o país deveria tomar ou não. Entretanto, isso se mostrou ilusório visto que a tal Polarização só engendrou nas mentes e corações dos incautos miseráveis e simplórios da nação o ímpeto por brigas e subserviência irrefletida a lideranças políticas de baixa consistência moral. 

Desde a redemocratização, o Partido dos Trabalhadores(PT) foi protagonista na cena política, pois sempre se destacou alguém contra a instituição e a mesma esteve presente em eventos importantes da história nacional sendo os que buscavam jogar contra e dizerem-se detentores da ética e da atuação exitosa em oposição a todos os outros ineptos. Sob essa resiliência exclusivista, mostraram-se extremamente determinados e estruturados de modo que depois de numerosas eleições finalmente atingiram o cargo máximo da nação e certamente não largariam até que chegassem ao tutano sem uma boa briga. A briga foi boa no primeiro vento a balança-los, utilizaram do recurso de comprar os congressistas sob o intuito de manter esses lenientes frente as suas ações pouco virtuosas, entretanto, todo império principalmente um construído em bases trepidantes tende a ruir. E ele ruiu depois de grande esforço apesar de ter saído vitorioso em uma eleição polarizada, tinha como liderança ou testa de ferro alguém de baixa complexidade interpessoal inviabilizando seu reinado que finda em Agosto de 2016.

Sob esse breve exposto, alguém diria que então sucesso foi conquistado visto que uma dinastia populista e demagógica se viu escorraçada das rédeas do poder e agora o país poderia pensar em uma alternativa. Bom, se parássemos por aqui, certamente seria de grande coesão com o que se espera de um povo e de uma nação que se pretende valorosa, porém não foi o que ocorreu.

Voltemos um pouco no tempo, onde nas eleições de 2014 o fenômeno da polarização se viu iniciado devido as correntes notícias e constatações práticas na realidade de que a dinastia do PT atuou de forma irresponsável e antirrepublicana. Houve nesse ponto, uma divisão notória no tecido social onde as pessoas passaram a torcer os narizes umas para as outras por divergência política, o que certamente é um problema que como visualizaríamos posteriormente foi catastrófico. O ovo do Dragão havia sido chocado, agora era questão de tempo para eclodir.

Com a queda da dinastia do PT, se questionava desse momento em diante quem poderia recuperar o tempo perdido pela cleptocracia e de que modo isso ocorreria objetivamente, tendo em vista a desconfiança generalizada com razão da classe política que já não era bem vista e com a devassa promovida pelo governo derribado ainda mais naquele ponto. Alguém então diria que, alguma liderança encabeçadora dos movimentos populares para a deposição do governo passado, seria óbvia. Mas infelizmente, sucedeu a constatação de que não houve alguém de destaque inquestionável vide a descentralização daquele movimento. Inequivocamente se diz sobre os visionários serem assim chamados, pois onde alguns veem impasse esses veem oportunidade.

Aquele a enxergar tal janela de oportunidade, foi o presidente da República Federativa do Brasil entre 2019-2022, esse que como discorri até aqui não participou nem desenvolveu nada durante o processo de destruição do governo da instituição PT. Esse então, captou aquela grandiosa energia e canalizou a mesma para si, conseguindo vencer de maneira improvável aquele pleito; visto que o vácuo existente e a insatisfação com os Star Red's  era grande de mais para realoca-los as baias do poder.

Há um destaque essencial aqui nesse último ponto que tratei, pois nos retoma ao inicio desse texto. Sendo isso, a presença do PT  no segundo turno dessa eleição promotora de grandes agruras de 2018 é grave mesmo com todo o histórico, auto vilipendioso mostraram-se viáveis para uma parcela considerável da população. Nesse ponto, é bom destacar que a polarização estava bem arriçada, no entanto, a sanidade mental da população estava bem preservada mas faltava pouco para que o ovo do Dragão se chocasse.

A vitória já esperada de quem quer que não fosse do time do pai dos pobres, já era esperada além do potencializador discursivo utilizado pelo vitorioso de dizer defender tudo aquilo pleiteado pela população naquele ponto. Mas tudo foi um grande teatro e aí começa a problemática "incontornável", os que apoiaram massivamente essa figura se viram imersos em universo de informações e notícias enganosas espiralado que os puxava para ao centro e âmago da loucura como um vórtice. Assim cérebros foram sendo trabalhados diuturnamente, por aqueles que ganhavam muito bem para defender esse senhor tresloucado, promovendo a radicalização e destruição de qualquer senso crítico, sendo que foi esse atributo que os fizeram a derrubar o último governo catastrófico. Nesse interim, mesmo com toda a mentira perpetrada pelo presidente da República e descumprimento de todas as promessas de campanha seus fãs agora incondicionais permaneceram sob sua vontade. O ovo do Dragão se chocou, não se sabe exatamente em que data isso aconteceu enquanto figura mitológica é difícil definir com clareza mas certamente foi nessa época.

Assim a destruição da camaradagem, diplomacia e razoabilidade presentes no imaginário dos brasileiros sobre os brasileiros se perdeu. Agora, filhos e pais, tios e sobrinhos quiçá avós e netos passaram a resistir uns aos outros, a política suplantou a cumplicidade familiar e o mal se instaurou e as chamas da discórdia promovidas pelo Dragão eram perceptíveis. O incêndio se mantém, mesmo com a grave crise sanitária mundial quase tudo se manteve desse modo. A loucura maior se dá pelo fato de que, os dois protagonistas da assustadora Polarização são parecidos e promotores dos mesmos tipos de leis e ações estatais no país, a inteligência de ambos está em fazer os tolos pensarem que aqueles possuem agendas distintas.

Agora, a violência suplantou os limites das bandidagens comuns partindo agora para as disputas que deveriam ser feitas almejando o melhor para todos. A política, segue sendo a arte do possível quer as pessoas entendam ou aceitem isso ou não, mas no imaginário dos vassalos isso é incompreensível. Fugir da polarização e das figuras que a protagonizaram pode arrefecer as chamas, mas isso deve ser feito rápido e com o maior senso de urgência possível se não a destruição será a tônica para o futuro de Pindorama.   

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