A queda de Lula impossibilitou a participação do mesmo na cúpula dos BRICS, mas isso não o impediu de promover impropérios sem sentido na distinta reunião. Enquanto Lula tenta inserir o brasil em discussões que o mesmo não possui a menor condição de participar, o mesmo segue relapso a problemas notadamente reais em nosso território, como as queimadas recorde na Amazônia e a ineficiência contumaz em lidar com a questão da Dengue.
Lula então não pode participar da reunião dos BRICS, entretanto, o que ocorre é que envia seu representante seu agente fiel na defesa do que há de pior em Geopolítica e Relações Internacioanis, Mauro Vieira, adota uma postura vexatória na reunião onde consegue de forma absolutamente cínica e desavergonhada estar do lado errado em todos os principais conflitos em curso no momento presente.
Talvez eu deva nesse instante, fazer um parêntese aqui na medida em que apesar de constatar de maneira objetiva os equívocos cometidos pelo nosso presidente, na tomada de decisões no que tange a seara internacional, não há da minha parte nenhum louvor a conflitos armados em curso nesse mundo, pelo contrário sou levado a afirmar e reconhecer que a existência de conflitos, diz sobre a natureza carcomida e deletéria da humanidade. Essa representada de forma magistral, pelos líderes das mais distintas nações.
Voltando então a crítica que eu fazia, vale considerar agora sem receio que a defesa da Rússia e a negação em condenar categoricamente a atuação do Hamas é sim optar pelo pior, nesse mundo sofrido e sofrível que todos compartilhamos aquilo que devemos fazer muitas vezes é decidir pela opção menos catastrófica e no cenário atual, a defesa de nações com valores democráticos e de liberdade individual parece ser o mais óbvio a se fazer.
Novamente faço um disclaimer aqui, certamente Ucrânia e Israel cometeram excessos ou erros nos conflitos que estão inseridos, mas em ambos os casos respondem a uma provocação de um oponente absolutamente inescrupuloso de modo que uma reposta dura, parece ser a única alternativa coerente dado o estado carnavalesco das coisas. No momento presente, há sim em disputa duas visões de mundo, o que nos faz retomar o princípio desse texto que é a participação do Brasil nos BRICS.
Esse grupo, possui países com algo em comum democracias problemáticas ou inexistentes, conforme os rankings internacionais de avaliação, para além disso a adesão de novos membros ao grupo corrobora essa ideia já que mantém esse mesmo perfil. Essa é a única convergência real entre os referidos países, a consideração disso é notável e o objetivo é promover uma forma de resistência ao Ocidente.
Nesse exato momento, o Brasil tem optado por isso, obviamente isso deve acender alertas gritantes a todos que prezam pela ordem democrática, ver a aproximação do nosso país que formalmente é uma democracia, se aproximar de regimes repressivos de maneira tão apaixonada e, portanto, desavergonhada, deve nos fazer ter ojeriza por aqueles que tentam firmar tal acordo.
Isso é de suma importância, visto que muitos de forma cínica ou por genuína convicção optaram por escolher o governo atual, sob o lema da normalidade institucional e da defesa da ordem democrática, se essas mesmas figuras não se veem confortáveis e na necessidade de pontuar isso algo de esquizofrênico faz parte de suas escolhas.
O histórico de diplomacia sólida do Brasil, tem sido conspurcado desde o último governo onde Jair Bolsonaro envergonhava o Brasil com tentativas de tensionamento ridículas, bem como com gafes grosseiras. Agora, o nosso presidente atual opta por uma aposta ainda mais séria, sendo observado pelo alinhamento intensificado feito pelo nosso governo a um eixo autocrático que se firma.
Encerro aqui com uma frase batida mas que certamente vale ser relembrada, devendo ser nosso mote em defender princípios e valores não pessoas transitórias e limitadas que é: "A democracia é a pior forma de governo exceto por todas as outras formas que já foram tentadas na história" tenhamos esse lembrete de Winston Churchill, estadista reconhecido do século XX, em mente e a defendamos de toda sorte de populistas, sejam eles quais forem!