quarta-feira, 21 de agosto de 2024

São Paulo, assim como a República de 1988 fracassaram! Nem tudo está perdido, há uma resolução possível.

 




A nova República Constitucionalista de 1988, se iniciou sob uma forte euforia decorrente do encerramento de um período ditatorial de mais de 20 anos. Nessa ocasião, muitos partidos políticos foram, senão todos, quase todos disputaram as eleições presidenciais com alguns candidatos bons, e outros nem tanto. Mas, o fato que se estabelece como nítido e óbvio, como a chuva cair ou o sol brilhar, é que esse construto, de início recheado de expectativa, se tornou apenas uma decepção onde farsa, teatro e corrupção em todos os sentidos proliferaram no Brasil. A nova República falhou. Se há alguma dúvida, por parte de você que eventualmente lerá esse texto despretensioso, lhe confirmo esse diagnóstico a partir do momento atual que encampa o imaginário popular e midiático que são as eleições municipais. Destaque aqui, para o pleito de São Paulo, a cidade mais importante do país, dadas suas potencialidades econômicas inegáveis.

Reverberou, recentemente, no noticiário, a figura do coach que se propõe a governar a cidade dianteira da nação. A partir dessa novidade, somos então surpreendidos com a baixa qualificação do postulante, onde fica destacado seu intuito nunca alterado, que é o de ganhar muito dinheiro. Não cabe, da minha parte aqui, discriminar a ficha corrida da pessoa em questão, nem me inclinar a um caminho de leviandades; mas é inequívoco reafirmar o mesmo como sendo uma figura controversa. A fuga, por parte das pessoas, daquilo que deveria ser o essencial, na busca por uma representação política, leia-se qualificação técnica, reputação ilibada, preparo e responsabilidade, foi jogado no ralo nesse pleito sem nenhum pudor. O grande pulo do gato nesse ponto é que esses elementos por mim destacados foram de maneira farsesca construídos pela classe política nos últimos anos dessa República natimorta, isso se comprova cristalinamente a partir da postura cética das pessoas comuns em relação à política. A partir disso, então, o senhor a quem faço referência por aqui apenas abriu mão daquilo por mim aqui destacado, de forma aberta, sem teatralidade sofisticada, mas com uma teatralidade subliminar.

Se não ficou claro, minha oposição a essa figura se dá justamente por haver apenas fingimento ao se portar como uma figura outsider, o que de fato acontece como foi feito nos anos da presidência anterior a essa, foram discursos acalorados, mas totalmente vazios por parte do então presidente, onde o mesmo propalava absurdidades com o intento de manter incautos desesperados sem senso de propósito, reféns dele próprio. Mas, por trás das cortinas do fanatismo político, promoveu única e exclusivamente a política de sempre. Esse novo senhor fará a política de sempre com uma renovação estética, como foi o caso do ex-presidente da República. Dessa forma. Há a manutenção do trabalho pela disputa acirrada para manter as coisas exatamente como sempre foram, desde, sendo muito generoso, o estabelecimento da Nova República. 

Assim sendo, não há motivações para fugir daquilo que grita sem pudor nenhum, se a farsa de portar seriedade como atestado de agente do status quo farsesco e destrutivo da nação vigora bem como a farsa de parecer anti establishment, mas sorrateiramente fazer a política rasteira padrão não indignam as pessoas, o que pode ser feito? Sim, minha afirmação pode parecer equivocada, mas o fato inescapável é que as pessoas são complacentes e torcem para os políticos que se enquadram no primeiro grupo ou naqueles que se encaixam no segundo. Poucos são aqueles políticos, que bravamente se empenham em oporem-se a essas coisas e o trabalho deles é forçosamente inglório, visto que, se faz necessário uma construção argumentativa densa e complexa parta explicar as nuances discursivas desse maus políticos, fundamentalmente, as pessoas são incapazes moralmente para além de serem limitadas cognitivamente. Já que inteligência não possui relação com ação moral e ética, existem bons e maus em qualquer nível de capacidade reflexiva ou não.

A resposta para uma "resolução" da situação do Brasil, sim, a coloco entre aspas, já que nesse mundo que há de ruir não existem ou existirão coisas perfeitas, então todas as tratativas serão paliativos, onde nunca todos serão contemplados. Assim é dito sabiamente pelas escrituras sagradas, tanto na parábola do joio e do trigo, quanto na parábola das dez virgens ou outros momentos, bons e maus estarão simultaneamente existindo até os suspiros finais desse mundo como o conhecemos.

Feita essa constatação, propositadamente fundamentada em elementos escriturísticos, quero dizer finalmente que uma mudança significativa no país, que não será derradeira, perpassa por uma renovação espiritual. Não há possibilidade de avanços socioculturais e políticos sem uma mudança de ordem transcendental onde o ídolo do momento presente, do ganho imediato, da possibilidade de tirar vantagem de algo, da vaidade em querer estar sempre certo, mesmo que os fatos digam contrariamente. For substituído pela adoração ao que é real, não é visível nem palpável ou aferível por experimentação científica, mas que trouxe significativos resultados na história da humanidade.Deus.

O único, capaz de promover significativas e duráveis mudanças no plano vigente, cheio de desesperança e niilismo, é Deus. O mesmo foi levado em conta, em momentos desesperadores e, como resultado, impactos sociais gigantescos foram percebidos; não há da minha parte nesse ponto uma mistificação tola daquilo que compõe a vida em sociedade, as pessoas seguem sendo responsáveis por tudo aquilo que intentarem realizar. Todavia, é imprescindível a compreensão do uso feito por Deus de pessoas comuns para realizar aquilo que  intenta fazer.  

Foge à minha compreensão, se é da vontade de Deus uma mudança no cenário nacional para melhor, não possuo as mínimas condições de afirmar isso. Entretanto, há um princípio indiscutível reafirmado pelas sagradas escrituras e na história do Cristianismo de que, quando as pessoas prostram-se diante da soberania e poderes indizíveis de Deus, o mesmo realiza mudanças em cenários avassaladores.

Sim, esse pode ser considerado um convite à fé, mas não só isso, uma reflexão lhe proponho a fazer onde você pode considerar, sem a menor tensão, se você faz parte de um dos dois grupos que citei, onde acha razoável se enganar na "seriedade" ou na "ousadia" ou se você é de fato sério? E, se o for, indiscutivelmente será ousado. Peço a você que verifique a política de uma maneira diferente, se você é sério, considere fazer parte dela e operar pela promoção de justiça, esperança, paz e pela fé racional que aquela não atrelada ao corruptível.

Tenhamos tudo isso em mente, daí em diante talvez possamos alterar o cenário de coisas persistentes no país.